segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sobre um primeiro ano

Há quase um ano estávamos, Guiba e eu, naquele misto de ansiedade e conforto. Ansiedade para que os nossos bebês chegassem logo. E conforto em saber que: 1) quanto mais eles demorassem, mais eles iriam nascer prontinhos para encarar esse mundo e 2) desde o momento em que eles chegassem por aqui, a nossa vida nunca mais seria a mesma, fazendo com que tivéssemos a vontade deaproveitar a vida tal qual conhecíamos até então (e terminar de ver Breaking bad, claro).
Há quase um ano, já sem dormir, porque, né?, se um não dorme, ninguém dorme (essa é a máxima e viria a ser a rotina desde então), esperando e esperando e imaginando o futuro.
E na manhã do dia 29 de novembro, eles chegaram. 
Com um tanto de alarde, holofotes e num parto quase cômico - visto que saíram dessa mãe aqui que curte um certo alarde, holofotes e uma vida quase cômica - André nasceu primeiro e Martin chegou 20 minutos depois.

E como era esperado, a vida nunca mais foi a mesma. 
Nesse ano, vivemos muitas coisas. Tantas que parece que faz mais de ano.
E estamos aqui nos conhecendo e reconhecendo a cada dia. 
Eu, mãe. Guiba, pai. 
Nós dois conhecendo nossos filhos que são parecidos fisicamente (para vocês, tá?), mas têm personalidades completamente diferentes. 
E Dedé e Tintin que vão sendo e aprendendo a ser. 
Reconhecendo que são pessoinhas. E que o mundo é o mundo. E que eles fazem parte dessa complexa lógica que é ser uma mini-pessoa nesse mundo. 
E aprendendo a ser nossos filhos. E se reconhecendo como irmãos.

Enfim, faz um ano que vamos nessa toada de vida toda bagunçada com a chegada dos nossos filhos. 
E depois de um ano, acho que estamos prontos para reconhecer que a vida toda bagunçada é a vida que é. 
É agora a nossa vida.
E que a vida toda bagunçada está sendo muito divertida e especial. E estamos todos muito felizes!

André e Martin engatinhando na chácara, novembro de 2014