quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobre pouco preparo e muito astral

Foi assim o bloquinho no Carnaval: pouquíssimo preparo e muito astral.


Saia de Chita (ou não saia) invadiu Santa Teresa mais uma vez no domingo de carnaval.
Segundo os jornalistas, 300 pessoas agregaram o bloco que contava com uma super bateria de... 5 instrumentos. Isso mesmo!!! 5!!! Ou seriam 6?
Eu toquei os caxixis. E o Valmir ajudou com um deles.
O Cotô na alfaia fez as vezes de surdo de primeira e de surdo de segunda e de surdo de terceira e de alfaia mesmo.
O Guiba segurou o samba na caixa.
O Marquinhos, no tamborim.
O Capiau ficou brincando com o pandeiro.
E o Gui Varella melodiando com o cavaco.
Também contamos com os agregados cariocas que fomos encontrando no caminho.
Alguns ajudaram e outros só atravessaram o samba mesmo.

Foi assim. Simples assim em termos de percussão.
Mas o que valeu mesmo foi a alegria da galera, cantando alto todas as marchinhas, sambas e outras invencionices que inventamos de puxar.
E as meninas da comissão de frente que foram um show à parte.

Pontos altíssimos do bloco:

No meio do bloco, a gente ainda inventou o hit do carnaval carioca. Cantar uma parte de "Máscara Negra" do Zé Keti abaixado.
Isso foi só a minha tentativa de pedir pra galera bater mais leve. Eu tentei pedir pro povo tocar mais baixo, assim baixinho, e tentando fazer mímica pra explicar isso pros ritimistas, eles iam me olhando e abaixando, abaixando e o bloco inteiro abaixou, antes de explodir gritando no "vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval".
Virou hit na hora. E a marca do bloquinho.

E o bonde!
O bonde chegou pra atravessar a galera. A gente até tentou dar passagem, mas a quantidade de pessoas por ali fugia totalmente a nosso controle. A galera do bonde já estava até sambando junto com a gente ali de cima.
Aí, o maquinista olhou, pensou, sambou, tentou, desistiu, deu ré e parou o bonde lá atrás. Fez todo mundo descer e ficou esperando nosso bloco passar pra continuar a viagem.
Foi cômico!

E a gente ficou mesmo comentando depois como dá certo quando a gente se junta com esse astral todo.
Antes de chegarmos lá, o Guiba estava todo preocupado porque a gente não tinha ensaiado nem meio minuto juntos e estávamos inventando de puxar o som de um bloco no meio do carnaval. E eu dizia "confia, você vai ver, vai dar certo. Sempre dá!".
E óbvio que deu, né?
Eu e o Gui Varella comentávamos ao final "tá vendo como dá certo? É só juntar todo esse astral que o negócio acontece. Com essa galera, não tinha mesmo como dar errado."

Pro ano que vem, a gente promete ensaiar, ou melhor..., a gente promete fazer um ensaio aberto, desfilando pelas ruas da Tucuna no pré-carnaval.
Será???

E pra quem não foi e quer saber como foi e pra quem foi e quer lembrar como foi, seguem umas fotinhos:

(tentei achar umas fotos que não identificassem ninguém, massss não deu. Então se sua imagem está aqui e você não quer que ela esteja, me escreva que eu tiro a foto na mesma hora, tá?)





Créditos das fotos: Bruno Lupion.
Outros créditos importantes: Sertão e Pocai no apoio.

2 comentários:

  1. E VAI GUARANI! VAI GUARANI! VAI GUARANI, GUARANI, GUARANI!!!

    ResponderExcluir
  2. marininha
    que lindo tudo isso!!!!!!!!
    ah, eu não sei se surgiu esse ano, ou se já era assim da origem, mas vc esqueceu de falar do vai-guarani-batidão-requebrando-até-o-chão, que ficou muito engraçado
    parabéns para todo mundo

    ResponderExcluir