terça-feira, 7 de abril de 2009

Sobre o inferno astral e formas de dribá-lo

É um mês antes, né?
Pois então que ele começou em grande - enorme! - estilo.

Meu joelho se auto-fodeu.
(Eu e meu joelho. Quando vai ter transplante dessa joça?!?!)
Eu ando estressada de tanto trabalho.
E eu me enrasquei nos enroscos do amor sem fim.

E é madrugada de domingo pra segunda mais de uma da manhã e a perspectiva de que segunda começa daqui a muito poucas horas que passam depressa e o joelho arrebentado e o coração apertado e a cabeça a mil são o cenário de uma triste noite de tristeza.
(Este é o início do inferno astral, que se assim seguir não me permitirá chegar inteira aos 27...)

Mas então que eu achei um jeito de driblar essa fase infernal. Ou pelo menos de amenizá-la.

Eu vou para a sala. E ela está lá, para ouvir meus lamentos e me abraçar enquanto eu choro e choro.
E ela vai dizer para eu não chorar que vai passar, porque se tem uma coisa que a gente já aprendeu nesses mais de 8 anos de amizade é que vai passar. O que é bom e o que é ruim. Sempre passa.

E a gente vai rir juntas depois.
E a gente sempre ri juntas depois.
Ou durante.

E nesse dia foi assim.
Enquanto eu choro, ela resolve contar uma história - porque isso é o que ela mais gosta de fazer, talvez, contar histórias que nunca terminam. E ela conta de um lado e eu conto de outro.
E aí, nas histórias que vão e vem, a gente cai na gargalhada, invariavelmente, porque nossa vida é mesmo muito muito cômica.

E então, com o joelho que não dobra, os olhos vermelhos e o coração ainda partido, eu vou dormir tranquila depois das gargalhadas que vieram assim, meio do nada, meio da vida.
E na manhã seguinte ela ainda me manda mensagem torcendo pela melhora do joelho.

É, minha amiga, você salva o dia e faz uma diferença enorme na minha vida.

Acho que assim que são as coisas grandes de fato. Enormes, de fato. Elas acontecem no cotidiano, dentro de casa no domingo de madrugada.
E é isso que faz a vida ficar boa.
Assim, simples assim, gargalhando no meio das lágrimas.
E escrevendo blogs apócrifos para deixar na história... Vai???

E agora que as minhas questões (quase todas) se resolveram tão rapidamente como elas apareceram, eu vou cuidar dela, porque agora é ela quem precisa de cuidados. E seguramente a gente vai chorar e rir e chorar de rir. Tudo de novo.
E eu espero fazer tanta diferença na vida dela como ela faz na minha... Ah, se espero!

Teca, love you soooo much.

3 comentários:

  1. Má, que lindo esse texto! Mto emocionante, amei. Uma bela declaração de amor.

    beijos,
    Rê.

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  2. Que saudade das duas!

    Vocês são lindas!

    Quero muito encontrá-las.

    Beijos, Biola.

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  3. Marina tão querida,

    Fico emocionada cada vez que leio esse texto, linda (já li e reli umas dez vezes). E cada vez que leio, penso: tenho que escrever um recadinho aqui embaixo, dizendo o quanto gostei do texto. E como fico feliz em ter uma amiga tão, tão querida tão pertinho (em casa!), o quanto você pode contar comigo, o quanto conto com você e que, sim!, você faz toda a diferença em minha vida! Logo em seguida penso: mas... nada do que eu escrever vai chegar aos pés do texto maisdoquequerido,carinhoso e espirituoso da Ma...

    São oito anos de histórias de rir e de chorar. As de chorar se intensificam um pouco no inferno astral, minha linda, mas... vai passar, viu? Prometo.

    Beijo enorme, amo você,
    Ester.

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