terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobre família e psicanálise

Tem umas coisas na vida da gente que não dá mesmo pra explicar.
Ou pelo menos, não dá pra explicar sem recorrer a algo de místico, de surreal ou de psicanalítico.
Para mim, uma dessas coisas é o meu caso de amor com Pernambuco.
Eu não conheço Pernambuco, nunca estive lá (pelo menos, não nesta vida), mas eu amo Pernambuco de paixão.
Assim, de um jeito bem inexplicável mesmo.
E eu sempre programo de ir nas próximas férias e as coisas vão rolando e eu vou para outros lugares, mas nunca pra lá, conhecer in loco minha paixão virtual.
Ok, mas a história não tem nada a ver com isso.
Ou tem.

Porque eu amo Pernambuco, eu A-MEI! a montagem de Assombrações do Recife Velho que a cia Os Fofos encenam montou há tempos.
E agora eles estão em cartaz com Memória da Cana, que é uma adaptação livre de Álbum de Família do Nelson Rodrigues, com um jeitão de Casa-Grande e Senzala.
E eu fui ver no maior espírito vou amar de novo.
E não é que me surpreendi?
Saí da peça meio na dúvida, meio abalada, pensando um tanto. Enfim...
Nelson Rodrigues montado a la Gilberto Freyre não é de fácil digestão, admito.
Aí, comprei o programa da peça.
E passaram uns diazinhos de digestão.
E eu li o programa inteirinho.
E então que me surpreendi de novo.

Aconteceu: A-MEI a peça.
Depois da digestão, amei a peça.

E super recomendo!

Para quem for ver, tenho 2 dicas:
1) prepare o estômago
2) compre o programa para lê-lo depois

E para quem leu até aqui, deve estar se perguntando "o que raios o nome do post tem a ver com o texto?".
É que, no fim, das origens na casa-grande e na senzala aos grandes centros urbanos do século XXI, quando se trata de família, a avaliação é "ainda bem que existe a psicanálise".

Um comentário:

  1. Será que a solução é a psicanálise, linda? Há controvérsias!
    Beijo, beijo, adoro você,
    Ester.

    ResponderExcluir