quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sobre o cachorro louco

Então que é agosto e agosto é o mês do cachorro louco.
Até investi no google pra descobrir que raios o cachorro tem a ver com agosto, mas as respostas foram tantas e tão diferentes que não vale o registro.
Mas o que é relevante é que eu, mística que não sou, obviamente incorporei a onda de má sorte do mês.

Voltei de férias não faz nem uma semana, detalhe.
E minhas férias foram uma delícia e funcionaram bem para deixar toda a vida normal "em suspense", mas aí que eu volto e tudo volta ao normal, ou ao caos de sempre.

O trabalho acumulado e bagunçado - quem mandou deixar tudo por 15 dias? - e no escritório os computadores decidem fazer a revolução.
Saldo: vírus em várias máquinas, um troço muito importante que movimenta a rede queimado, a fonte do computador do estagiário frita e o notebook da estagiária que se decidiu pelo game over.
Tudo isso em 2 dias.

Mas para quem tá achando que é muito, eu tenho que dizer que não é só.
Porque em 3 dias, eu bati o meu carro 2 vezes. Sério mesmo.

A primeira, culpa minha.
A seguradora me pergunta: a senhora acredita que é a responsável pelo acidente?
E eu: totalmente.
E estou tentando convencer o seguro de que eu não preciso registrar um B.O. do meu caso porque eu estou ligando e assumindo a responsabilidade e o seguro tem que acreditar em mim que sou a segurada. Até porque eu não acho razoável ter que ir até a delegacia (não tem B.O. online nesses casos) incomodar a autoridade policial com o meu acidente de trânsito sem vítimas e sem polêmica.
E pior ainda porque quem tem que registrar o B.O., no caso, é o proprietário do outro carro, porque eu não posso narrar sozinha os danos sofridos por ele.
E se não bastasse o sujeito ter tido o seu carro albarroado por uma cidadã que atravessou o cruzamento sem olhar, ele ainda tem que passar horas na delegacia esperando que o delegado de plantão registre a sua ocorrência. Não dá, né?
Ainda não convenci, mas sigo tentando.

Mas se é fato que eu cruzei o cruzamento pensando que o amarelo piscante, que indica que eu não estava na preferencial, era só o semáforo ficando amarelo (e quando eu contei isso, minha chefe: "você estava alcoolizada? Não respondi), pelo menos tenho que dizer em meu favor que sou uma culpada bacana.
Assumo minha responsabilidade integralmente, faço todo o procedimento burocrático o mais rápido possível e ainda mando flores como pedido de desculpas (ok, essa ainda não fiz, mas pensei seriamente. É que todo mundo achou meio over...).
E o mais curioso é que na hora do acidente, eu fiquei tão arrasada com a minha distração e tão sentida pelo ocorrido, que o Luís (o proprietário do outro veículo) ficou mais preocupado comigo do que com os danos do carro dele.
Isso tudo foi na madrugada de sábado para domingo.

E na terça de manhã, indo para a análise, um sujeito bate no meu carro. Aí, a culpa era dele.
Quando ele me entrega o cartão: Luís.
Quase dei risada.
3 dias, 2 acidentes de carro com 2 Luíses.
Meio over, vai...

E então estou por aqui curtindo a onda de má sorte e quando chego em casa, o porteiro pede para falar comigo.
Pensamento: meu apê pegou fogo ou inundou (lembrei do meu caso de Paris que um dia eu conto aqui), ou ele vai seguir contando toda os dramas da sua vida amorosa de recém separado)...
Mas não!
Ele só queria me dizer que estava muito tempo para me falar que ele acha impressionante o fato de que eu sou uma mulher muito bonita e muito simpática, porque ele acha que as mulheres bonitas são em geral metidas e antipáticas. E ele terminou dizendo que eu devo continuar assim porque a minha simpatia será recompensada.
Gerson, ou melhor, Deus, cadê a recompensa?!?!

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