quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre telefones e o destino

Hoje cedo, estava vindo para o trabalho e o orelhão daqui da esquina começou a tocar.
Não atendi, só dei um sorriso pensando “mais um!” e me lembrei que isso acontece comigo sempre, é só reparar.

E então que os orelhões tocam quando eu passo.
Orelhões e telefones de ponto de táxi. Eu não sei porque, só sei que eles tocam.
Já faz um tempo que isso acontece. E eu passo tempos sem reparar. Mas é só eu voltar a andar a pé com muita frequência, que o som dos telefones tocando volta a me chamar a atenção.

Parece loucura, né?
Eu sei que parece, mas eu juro que toca.
E eu já mostrei pra um monte de gente pra comprovar.
E teve uma época em que, cada vez que tocava, eu ligava pro Og pra ele testemunhar e atestar que o troço tava mesmo tocando e que eu não sou pirada.

E agora vou me lembrando os telefones que já tocaram e vejo que não tem nenhuma regularidade. Só das vezes em que liguei pro Og pra contar, me lembro de quando eu estava no carro num semáforo na Vergueiro, quando atravessava a Haddock pela Santos, quando estava parada perto de casa, quando estava descendo a Augusta, quando eu estava me despedindo numa esquina na Cidade Dutra (nesse dia eu dei um grito, admito).
Enfim, mil circunstâncias diferentes e o trim-trim constante.

E na época em que tudo tocava o tempo todo, quando eu contava essa história para alguém, sempre vinha a pergunta “e por que você não atende?”.

Atender??? De jeito nenhum!

Porque vai ser alguém querendo falar com o Denílson e eu vou ter que olhar para os lados e constatar que o Denílson não está ali, “sinto muito se ele marcou de falar com você neste orelhão a esta hora, mas acho mesmo que ele te deu o cano”.
Ou vai ser alguém perguntando se é da pizzaria e não é.
E vai que é alguém me ligando do além-túmulo para resolver negócios pendentes?!
Ou vai que é um cara munido de uma arma com mira a laser esperando um qualquer atender ao telefone para ele estourar seus miolos depois de fazer um joguinho sádico (vocês viram esse filme, né?).

Não, não, de jeito nenhum.

Pode tocar que eu não atendo mesmo!

Agora, aos que me acompanham por aqui, será que vocês podem reparar se esses telefones tocam mesmo o tempo todo ou se é só comigo?

Porque eu tô com a impressão de que ando tentando fugir do destino...

2 comentários:

  1. :) já vi tocar algumas vezes, mas nada especial. Acho que o lance é pessoal com você mesmo! Não atenda de jeito nenhum. beijos!

    cuidado.

    ResponderExcluir
  2. Sem querer cortar seu barato, já ví várias vezes tocar. Inúmeras.

    ResponderExcluir