quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sobre a situação na USP

Contando 2 graduações, estou na USP há 9 anos.
E desde então e antes disso a USP enfrenta greves e outras manifestações absolutamente legítimas e decorrentes do processo de sucateamento da universidade pelo qual estamos passando. Pelo qual a sociedade vem passando.

Confesso que, depois de muitas greves, fico um pouco com preguiça de entrar no debate e passo a questionar as estratégias grevistas dos movimentos que acabam ficando mais esvaziados e, com pautas menos consensuais, mais fracos. E lamentei muitíssimo a inexistência do Congresso da USP no ano passado por culpa de desarticulação dos próprios movimentos que tanto o desejavam.
No entanto, sou incapaz de achar que a greve é ilegítima e acho que devemos, sim, apoia-la.

E agora, depois, dos últimos acontecimentos eu acho isso ainda mais. Acho que temos que apoiar a greve, entrar em greve e ampliar o movimento.
Isso porque é um completo absurdo que a reitora ache que a melhor forma de cuidar do movimento grevista é com a tropa de choque da polícia militar.
Não é.

E mais absurdo ainda é a PM resolver se revestir de todos estereótipos de que quer se livrar e, por ordem de sei lá quem, ir para o confronto com estudantes, funcionários e professores.
Erro.
Tiros e bombas no movimento reforçam o movimento.
Tiro no pé da reitora. Tiro no pé da polícia.
E força para o movimento.
Movimento!

Resta saber se a comunidade universitária como um todo vai ficar indignada e parar para debater ou se ainda os estudantes, funcionários e professores que estão defendendendo a universidade vão continuar sendo a "minoria radical" que combate os moinhos de vento.

Recebi um montão de vídeos e textos sobre os confrontos.
Coloquei esse aqui:

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