quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre derrotas e sensações

[Estava respondendo a um email da Laura. E ela me escreveu contando do seu caso (que num ato falho escrevi caos) e o compara a perder a eleição do XI. E respondendo a ela, fiquei com a reflexão abaixo.]



A sua descrição do que ocorreu como a eleição do XI foi super forte. Lembrei de um monte de coisas por aqui. Um monte de sensações...
Tive um pouco disso nesse último final de semana com a Conferência de Segurança Pública. E fiquei na dúvida se deveria sofrer mais ou menos do que eu sofria no XI.
Isso porque, já calejada na vida, sofrer parece sempre exagerado e a tendência é diminuir o impacto que as coisas têm na nossa vida.
No entanto, quando a gente fazia movimento estudantil, perder a eleição significava a derrota de um projeto político de alcance limitado.
Perder a Conseg significa a derrota de um projeto político de segurança pro país. É muito mais importante, mais relevante, merecia ser mais forte.
Mas fato é que doeu bem menos.
E aí vou ter que concordar com meu pai quando fala do amadurecimento que vem com o tempo e só com o tempo.
E, mais madura, eu não me sinto menos radical, mas me sinto menos dramática, talvez.
Até porque são anos construindo um projeto político de país, que tem a ver com o ME e com o trabalho que é militante.

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