quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sobre o passar do tempo

Vocês já tiveram a impressão que o tempo passa num ritmo muito diferente em cada lugar?
Eu sempre tenho essa impressão.

Em São Paulo, você acorda atrasada às 7h30, toma banho correndo, toma café da manhã lendo o jornal (para não perder um minuto), vai de carro pro trabalho ouvindo notícias no rádio e resolvendo parte da sua vida burocrática pelo celular (para não perder um minuto), chega no escritório voando, dá uma olhada nos emails, olha a agenda, começa a trabalhar, olha o relógio: 13h00.

Na Bahia, você acorda às 9h30, se arruma, faz todo o processo interminável de passar protetor solar, sai, chega na praia, anda a praia inteira, senta, toma um coco, levanta, entra no mar, entra no rio, deita no sol, lê uns capítulos do seu livro... Pergunta a hora: 10h30.

O que levaria um dia inteiro em São Paulo leva uma horinha na Bahia. Comprovado empiricamente. E de outros carnavais.

Aí ficamos elucubrando, é o trânsito, são as distâncias, é o fato de você estar de férias ou não. Ok, ok, pode ser tudo isso junto. Mas que o tempo passa mais devagar lá do que aqui, passa.

E isso me faz pensar, se São Paulo é o lugar onde o tempo passa mais depressa, por que eu continuo vivendo aqui?
Rumo à terceira idade em marcha acelerada?
Vai entender...

Um comentário:

  1. Porque além do tempo passar mais rápido aqui, esta é a cidade onde tem mais coisas interessantes para fazer e, por isso, você valoriza tanto o tempo que te permite aproveitar cada uma delas. Se você morasse em Caraíva, nem pensaria sobre isso... (Seria, assim, uma pessoa com tempo de sobra e nenhuma criatividade para saber o que fazer com ele).
    Ok, ok, comentário de uma paulistana convicta, mas... acho que tenho um pouco de razão.
    Beijo,
    Ester.

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